sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para Moore, história de Zapata lembra a de Malcolm X

Por: Redação - Fonte: Afropress - 6/5/2010
Salvador -
O cientista político e etnólogo cubano, Carlos Moore, disse que a
história de Orlando Zapata, o operário negro morto em fevereiro deste
ano, após 86 dias de greve de fome em protesto contra o regime, “lembra
a história do próprio Malcolm X que passou de uma vida de delinqüência
e pela prisão para uma vida de militante político engajado“.

A exemplo do líder negro norte-americano que passou por prisões
comuns até converter-se ao Islamismo e tornar-se militante, Zapata
também viveu um período de marginalidade durante a década de 80, até
tornar-se ativista político.

“É a história de milhares de jovens negros que se filiaram às
Panteras Negras e ao movimento Black Power, na década dos anos sessenta
e setenta. Ou seja, a história de um ser humano que, tendo tomado o
caminho errado, se reinventa politicamente e abraça uma causa pela qual
entrega a sua vida. E, finalmente, para rematá-lo, o caluniou
tratando-o de “delinquente” quando ele já não se podia defender“,
acrescentou.

Segundo Moore, acusado de desacato, desordem e rebeldia na prisão,
Zapata foi condenado a penas paralelas que somaram 32 anos. “Golpeado e
torturado, chamado de “negro de merda” pelos guardas, ele decidiu, em
dezembro 2009, iniciar uma greve de fome até a morte para exigir a
redução dessa pena e ser considerado um preso político“, afirmou.

O exilado cubano, acusado pelo regime pelo crime de subversão
racial, disse que cerca de 60% dos presos, de um total de 200
considerados presos políticos e de consciência, são negros. Na
população carcerária comum estimada em 70 mil, - tanto nos presídios
femininos quanto masculinos - 85% é constituída de afro-cubanos,
segundo o etnólogo.

Moore acrescenta que, em Cuba “qualquer pessoa negra pode ser
acusada de “criminosa” por advogar uma causa política“. “Por exemplo, o
dissidente negro, doutor Darsi Ferrer, está em uma prisão para presos
comuns. O próprio Orlando Tamayo entregou a sua vida para ser
respeitado e considerado como preso político. O regime não admite que
um negro seja um dissidente propriamente político! Só admite isso – a
dissidência politica – somente para os brancos. Parece incrível, mas é
assim que funciona o sistema em Cuba“, afirmou.

Nessa segunda parte da entrevista ao jornalista e editor de
Afropress, Dojival Vieira, Moore disse temer pela vida do jornalista
Guilhermo Fariñas, porque o próprio presidente Raúl Castro teria dito a
militares que foram interceder pelo dissidente que “iria deixá-lo
morrer.

Veja, a segunda parte da entrevista à Afropress

Afropress - Quem foi Orlando Zapata? Quais os crimes de que foi acusado?

Carlos Moore -
Orlando Zapata Tamayo era um humilde operário negro de 42 anos. Morreu
o dia 23 de fevereiro de 2010, após 86 dias de greve da fome reclamando
a condição de preso político e o fim das torturas às quais se via
submetido. Os golpes recebidos na prisão tinham causado-lhe sérios
danos no cérebro. Mas, o Governo o deixou morrer; o deixou morrer como
se fosse um cachorro.

Ou seja, não importava à elite branca dominante a morte de um
simples operário negro, pobre, sem defesa, isolado numa prisão onde a
sua voz não podia ser ouvida. Assim, sua morte provocou uma comoção
mundial que surprendeu o regime.

Qual é a verdade sobre Zapata? Como muitos jovens negros cubanos
hostilizados pelo racismo, excluidos de emprego pelas práticas
discriminatórias raciais, Orlando Zapata viveu um período de
marginalidade durante a década de oitenta.

A delinquência que o regime agora lhe imputa data dessa época e se
assemelha ao que acontece com os jovens negros no Brasil ou nos
próprios Estados Unidos. Já nos anos noventa Zapata muda e se converte
num fervente apoiador político do regime.

Do lado do regime ele consegue trabalho numa Brigada de Trabalho;
isso em Cuba constitui um privilégio enorme. Como brigadista do
trabalho ele é enviado para a capital Havana, em 1999, para participar
nas obras de construção do Hotel Parque Central.

A sua integração ao oficialismo o conduz, também, às fileiras da
União de Jovens Comunistas (UJC). Desse modo, ele chega a fazer parte
das “Brigadas de Ação Rápida”, formações paramilitares de cidadãos,
formadas pela segurança cubana para atacar fisicamente os opositores ao
regime. Ou seja, entre os anos oitenta e noventa ele deixa de ser um
marginal e passa a ser um instrumento do regime: membro da UJC, de uma
Brigada de Trabalho, e membro também das “Brigadas de Ação Rápida”.

Foi ali onde conheceu um grupo de opositores, dentre eles Guillermo
Fariñas Hernández, que começou a discutir com ele sobre a situação em
Cuba. O própio Fariñas em depoimentos posteriores à morte de Zapata
contaria que, embora, de inicio, Zapata defendesse apaixonadamente o
regime, “quando se deu conta das feridas das baionetas, e das mordidas
dos cachorros nos presos, das pancadas e de outras coisas mais, ele
próprio concluiu que estava sendo enganado e começou a cooperar
conosco”.

No ano seguinte, ele foi expulso da UJC e da Brigada de Construção
do Hotel Parque Central. E, finalmente, veio o decreto 217, uma ordem
vigente até hoje, que impede os habitantes de outras províncias
residirem em Havana, a capital. Todos àqueles que não são oriundos de
Havana são expulsos para suas provincias de origem.

Assim, ele foi expulso para a sua província natal com proibição de
voltar para Havana. Três meses depois de ter sido expulso de Havana
pelas autoridades, voltou clandestinamente à capital para trabalhar com
a dissidência. Foi detido em 2003, durante a repressão chamada de
Primavera Negra e condenado a três anos de prisão.

Na prisão negou-se a vestir o traje dos delinquentes comuns e
reivindicou ser considerado como preso político, pois tinha sido detido
por motivos políticos. Acusado de “desacato”, “desordem” e “rebeldia”
na prisão, ele foi condenado a várias penas paralelas que somaran 32
anos!

Golpeado e torturado, chamado de “negro de merda” pelos guardas,
ele decidiu, em dezembro 2009, iniciar uma greve de fome até a morte
para exigir a redução dessa pena e ser considerado um preso politico.

Essa
é a história verídica sobre Orlando Zapata Tamayo. Ela lembra a
história do próprio Malcolm X, que passou de uma vida de delinquência e
pela prisão, para uma vida de militante político engajado. É a história
de milhares de jovens negros que se filiaram às Panteras Negras e ao
movimento Black Power, na década dos anos sessenta e setenta.

Ou seja, a história de um ser humano que, tendo tomado o caminho
errado, se reinventa politicamente e abraça uma causa pela qual entrega
a sua vida. E, finalmente, para rematá-lo, o caluniou tratando-o de
“delinquente” quando ele já não se podia defender.

Afropress - Porque essa morte repercutiu tanto em todo o mundo?

Moore -
Precisamente porque as pessoas não acreditaram nas versões mentirosas
do regime castrista. ZapataTamayo estava em greve de fome, sob a
autoridade do Estado, pois ele estava preso. Ele estava preso e já
havia algum tempo que era classificado como prisioneiro de consciência
pela Anistia Internacional. “Delinquente”, o Zapata? Qual delinquente
tem a força moral de entregar a sua vida, em um longo e doloroso
processo de greve de fome que se alastrou durante 86 dias?

“Mercenário”, Zapata? Qual mercenário se priva de pão e água
durante 86 dias e se suicida literalmente, para servir um império
estrangeiro com o qual ele nem tinha contato? Quem iria cobrar seu
“salário” de mercenário? A sua mãe, humilde mulher negra, faxineira?

O governo cubano só pode enganar quem quer ser enganado. A verdade
nua é que a morte de Orlando Zapata Tamayo marcou, simbolicamente, a
ruptura final entre a população afro-cubana e a cúpula de brancos
marxistas que dirige o país desde 1959. Esse fato explica porque este
último se ver obrigado a mentir tão descaradamente à opinião mundial.
Simplesmente, o regime castrista está assustado ante a perspectiva do
que inevitávelmente irá vir; pois acabou a lua de mel com a população
negra.

Afropress - E quanto a Guillermo Fariñas? Quem é e de que crimes é acusado pelo regime?

Moore -
Guillermo Fariãs Hernández, filho da Revolução, é um dos mais corajosos
opositores ao regime. Atualmente ele está num hospital em greve de fome
e sede até a morte, iniciada o 24 de fevereiro passado, em protesto
contra a morte do seu amigo Orlando Zapata Tamayo, e para exigir a
libertação de 26 presos políticos que se encontram muito doentes nas
prisões cubanas.

O caso dele merece ser contado também, pois o regime já montou outra campanha de mentiras para desqualificá-lo.

Afro-cubano
de 48 anos formou-se como sociólogo e trabalhou durante muitos anos nas
instituições do país. Seu pai, oficial das forças armadas, foi um dos
duzentos soldados e oficiais negros que acompanharam o Che Guevara na
campanha do Congo, em 1966, numa tentativa para derrubar o governo do
general Joseph Mobuto.

Por sua vez, ingressou nas forças armadas quando das grandes
ofensivas militares do exército cubano na África, e no Partido
Comunista de Cuba.

Combateu na frente de Angola, onde recebeu
distinções por valentia e arrojo, voltou para Cuba onde serviu nas
unidades especiais de proteção as sedes diplomáticas e outras
organizações militares sob o cuidado do ministério da segurança
nacional.

O problema de Fariñas com o regime veio em 1989, a partir da
detenção, julgamento rápido e execução do general afro-cubano Arnaldo
Ocho Sánchez, também herói das guerras na África, comandante das forças
cubanas em Angola, antigo chefe militar de Fariñas.

O general Ochoa era amado pelo povo cubano, especialmente pelas
tropas e oficiais negros. Fariñas corajosamente escreveu para o Partido
pedindo explicações e foi preso. A partir desse momento, ele entrou na
dissidência aberta contra o regime. Assim, Fariñas é qualificado de
“contrarevolucionário”, “mercenário a serviço do imperialismo”, e
descrito como um “sujeito violento” com “claro desajuste da
personalidade”. Ou seja, além de “criminoso”, ele também seria um
“louco”.

O problema para o regime é que se Fariñas falece, se convertirá no
segundo mártir negro, o que pode virar toda uma sequência de
auto-imolações de opositores afro-cubanos revoltados contra o sistema.
Já o dissidente Felix Bonne Carcassés, engenheiro, ex-professor da
universidade de Havana, e também negro, anunciou que se Fariñas morrer,
ele tomará seu lugar em uma fila de voluntários para a morte por greve
de fome.

Carcassés é descendente de toda uma família de afro-cubanos que se
distinguiram nas lutas contra Espanha, para libertar Cuba. Cursou seu
doutorado na Itália e foi professor titular da Faculdade de Engenharia
Eléctrica do Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría
(CUJAE), onde são formados os engenheiros elétricos, químicos, etc.

Imagino que se ele entrar em greve de fome, o regime também dirá
que se trata de um “delinquente comum”, uma “escória social”, um
“criminoso” e “agente da CIA”.

Afropress - O regime também acusa Fariñas de ser um "criminoso"...

Moore - Claro que sim; todos os opositores negros são
acusados de serem “criminosos”. Em Cuba, ser negro e ser “criminoso” é
a mesma coisa na perspectiva do regime. Lembre que um negro cubano não
tem direito a discordar nem criticar o regime; se supõe que eles só
devem obedecer, acatar às instruções, e manifestar seu agradecimento
pelos beneficios que o regime lhes “outorgou”.

Afropress - E quanto ao senhor quais acusações lhe são feitas?

Moore -
No meu caso, por exemplo, o governo disse que eu sou um “negro
ingrato”, “assalariado da CIA”. Alega, inclusive, que eu fui tradutor
do dirigente direitista africano, Roberto Holden, de Angola. Ora, nem
conheci esse sujeito – nunca o vi em pessoa. Mas o regime cubano afirma
que eu era intímo amigo dele e que era “pago pela CIA” para trabalhar
com ele como tradutor! O regime cubano não conhece limites na mentira e
na desinformação.

Afropress - Fariñas combateu em Angola, então?

Moore -
O grande problema em transformar Fariñas em um simples “criminoso” é
que ele foi um herói da Guerra de Angola, onde serviu durante anos e
foi condecorado por “valentia no combate”.

Assim como Orlando Zapata Tamayo, Guillermo Fariñas Hernández é um
un “produto” da Revolução, ambos nasceram, cresceram e se formaram sob
o regime castrista. Faziam parte do grupo social e racial que se dizia
ter sido favorecido pela Revolução castrista: os negros.

É isso que é embaraçoso para o regime. Antecipando a morte de
Fariñas e a conmoção mundial que isso certamente acarretaria, o regime
já começou a desqualificá-lo, como o faz de maneira corriqueira com
todos aqueles que se opõem ao sistema.

Afropress -Tanto Orlando Zapata, morto em fevereiro de 2010
em greve de fome, quanto Guillermo Fariñas são negros. Há alguma
coincidência no fato de serem negros, ou a maioria dos presos são
também afro-cubanos?

Moore - O número total de pessoas em prisão em Cuba é
estimado em 70 mil. Desse total, 200 e tantos são presos
especificamente políticos e de consciência. Ora, segunda as informações
que me foram comunicadas de Cuba, o 60% dos presos políticos e de
consciência são afro-cubanos.

Mas a situação piora quando analisamos a população carcerária no
seu conjunto; se estima que 85% dos presos comuns – tanto nos cárceres
femininos como nos masculinos - esteja composta de pessoas negras.

que lembrar, no entanto, que em Cuba qualquer pessoa negra pode ser
acusada de “criminosa” por advogar uma causa política. Por exemplo, o
dissidente negro, doutor Darsi Ferrer, está em uma prisão para presos
comuns.

O próprio Orlando Tamayo entregou a sua vida para ser respeitado e
considerado como preso político. O regime não admite que um negro seja
um dissidente propriamente político! Só admite isso – a dissidência
politica – somente para os brancos. Parece incrível, mas é assim que
funciona o sistema em Cuba.

Afropress - Em uma entrevista televisada recentemente,
concedia por Fariñas à televisão espanhola, ele disse que o presidente
Raúl Castro deu ordens para deixá-lo morrer. Isto é verdade?

Moore -
Guillermo Fariñas tem uma longa trajetória de luta em Cuba, e é bem
conhecido nos círculos da oposição interna como um homem valente,
generoso e íntegro. Ninguém o conhece como mentiroso.

A entrevista referida foi, efetivamente concedida ao jornalista
espanhol, Carlos Hernando, do quotidiano El Mundo (equivalente da Folha
de São Paulo, no Brasil).

Farinãs declarou, efetivamente, que
tinha recebido de parte de pessoas próximas ao presidente Raúl Castro
uma messagem urgente dizendo que Raúl Castro o deixaria morrer.
Trata-se de militares que atuaram em Angola no mesmo momento que ele, e
que portanto agiam compelido pela fraternidade de armas.

Fariñas relatou que estes se reuniram com Raul Castro para
pedir-lhe que poupasse a vida dele e que Castro se negou. Raul Castro
teria dito a esses militares que iria deixá-lo morrer “Para que se
acabe el circo que tiene montado el negro de mierda ese!” Após a
reunião com Castro, esses militares teriam enviado uma mensagem urgente
ao próprio Fariñas para advertí-lo que o presidente Castro acabava de
informá-lhes que tomou a decisão de deixá-lo morrer. Isso está
consignada para o mundo ver e ouvir na entrevista filmada, difundida
internacionalmente, em 14 de março passado, pela televisão espanhola
ABS.

E até hoje o governo cubano não desmentiu que Raul Castro tinha
ditto o que Fariñas revelou. É impensável que Fariñas possa ter
“inventado” esse assunto, e mesmo se ele quissesse inventá-lo, teria
sido muito fácil para o governo demonstrar que Raúl Castro não tinha
sido entrevistado por ninguém nem dito o que Fariñas afirma que ele
disse. Teria sido muito, muito fácil demonstrar que Fariñas mentia.

O silêncio do governo tem sido total até este dia, un mês após a denúncia feita pelo Fariñas. Conclusão: Fariñas não mentiu.

Afropress - Porque Raul teria usado um termo tão ofensivo?

Moore -
Em Cuba, os termos “Negrito”, “Negrito de merda” ou “Negro de merda”
são muito comuns, usados pelos brancos em conversações corriqueiras.
Eles formam parte de todo um vocabulário que minimiza o negro e o
equipara a nada mais do que um monte de excremento a ser varrido o mais
rapidamente possível de todas as instâncias importantes.

O fato de Raúl Castro qualificar Fariñas de “negro de mierda” foi
chocante para as pessoas que ouviram isso no videoclip oferecido pela
televisão espanhola ABS. Mas, foi chocante somente porque ele é o chefe
de Estado de Cuba e se pensa que o presidente de um país não deve falar
assim.

Talvez os espanhóis não concebam que um chefe de Estado,
especialmente num país onde a maioria é justamente negra, pudesse falar
desse jeito.

Geralmente, os dirigentes cubanos não usam de
terminologia racista em público, mas, parece que não é a primeira vez
que Raúl Castro se deixa levar pela sua ira e proferir esse tipo de
impropério. Acho que ele não pensava que seus interlocutores
(óbviamente brancos, também) iriam repetir isso para Fariñas.

Afropress - Julgava-se que Raul seria mais pragmático, que
fôsse haver um abrandamento, em especial nas condições de tratamento
dos presos políticos. O que de fato, está acontecendo neste momento em
Cuba?

Moore - Acontece que a situação tem se agravado de tal maneira,
que as críticas já surgem do interior do próprio regime, e não somente
da oposição interna. É o caso ultimamente, por exemplo, de um artigo
publicado em um órgão oficial online, pelo Dr. Esteban Morales
Dominguez.

No artigo, publicado na página digital da oficialista Unión de
Escritores y Artistas de Cuba (UNEAC), ele afirma que, “a verdadeira
força contrarevolucionária em Cuba, não está em baixo, mas acima, nos
próprios níveis do governo e do aparelho estatal”.

O que surpreende desse artigo é que ele apareceu em Cubadebate,
espaço digital do regime, portanto um órgão oficial. Economista e
especialista em política exterior dos Estados Unidos, Morales é diretor
honorário do Centro de Estudos sobre os Estados Unidos da Universidade
Havana, doutor en Ciências, é um dos mais destacados ideólogos negros
do regime cubano e faz parte da cúpula governante.

Ele nunca teria ousado dizer o que disse sem autorização prévia do
regime. Assim acho que se trata de Raúl mandando um recado para a
população, especialmente para os negros. Raúl gosta de se apresentar
como um reformador, como um liberal e como anti-racista.

E como não é mais somente a oposição interna que denuncia a
corrupção e o racismo da cúpula em Cuba, senão que dentro do próprio
partido comunista começam a se levantar as vozes críticas, Raúl tem que
se posicionar cada vez mais como um “reformista”.

Na foto, Moore com Aimé Césaire (Aimé Fernand David Césaire,
poeta e político francês, morto em abril de 2008, considerado,
juntamente com o Presidente do Senegal Léopold Sédar Senghor, o
ideólogo do conceito de Negritude), e o escritor Alex Haley (Alexander
Murray Palmer Haley, morto em fevereiro de 1992), co-autor da
"Autobiografia de Malcom X", e autor de "Negras Raízes", que relata a
saga de uma família norte-americana descendente de Kunta Kinte,
africano transportado de Gâmbia, África Ocidental, e levado como
escravo para os EUA no século XVIII. Alex Haley também descendia do clã
Kinte.

2 comentários:

paulo disse...

O que é convinsente nos fins democraicos a ampliação do neo-liberalismo ou a construção de politicas sobre a plataforma de Karl Marx,lamentavelmente o país que "eu adimirava" por sua historia a implatação do comunismo a condição de politicas igualitarias está sobre o impasse da elite branca de medilcres e hipocritas,facinolas que proclamam a segregação de maneira arbitraria expondo seus ideais futeis.Não sei mais em que ideologia preciso acreditar,então serei apenas anarquista.(Não retire a publicação "Para Moore,historia de Zapata lembra a de Malcolm X" por favor,preciso reler novamente).

Hugo Chávez disse...

Revolução Quilombolivariana
Viva Zumbi! Viva Che!Viva Hugo Chávez! Feliz 2010!
Conscientização!Justiça !Prosperidade! Solidariedade!
Fraternidade!Amor! Paz! Socialismo Quilombolivariano!
Ao Nosso Povo! Viva Brasil! Venceremos Feliz 2010!
.
Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução
Quilombolivariana e bradaram Vivas! a Simon Bolívar Viva! Zumbi!Tupac Amaru!Benkos BiojoS!Negra Hipólita!Sepé Tiaraju Alicutan!Sabino! Elesbão!Luis Gama,Lima Barreto,Cosme Bento! José Leonardo Chirinos !Antônio Ruiz,El Falucho! João Grande e Pajeú ,João Candido! Almirante Negro!Patrice Lumumba!Viva Che! Viva Martin Luther King!Malcolm X!Viva Oswaldão Viva! Mandela Viva!Luiz I.Lula da Silva, Viva! Chávez, Vivas! a Evo Ayma!Rafael Correa! Fernando Lugo!José Mujica(El Pepe)! Viva! a União dos Povos Latinos afro-ameríndios,! 1º de maio,
Viva! Os Trabalhadores do Brasil e de todos os povos irmanados.
Movimento Revolucionário Socialista (Seja um,uma) QUILOMBOLIVARIANO
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