domingo, 6 de setembro de 2009

70 dias de resistência popular contra o Golpe em Honduras




Nas ruas de Tegucigalpa, capital do país, e também pelo interior, todos os dias milhares de pessoas vão às ruas exigir a saída de Roberto Michelleti, presidente imposto através de um golpe militar que expulsou violentamente do país o presidente legítimo Manuel Zelaya (veja fotos dos dias de resistência no CMI Honduras). O povo hondurenho mostra força de luta e solidariedade, caminhando kilômetros à pé, passando de cidade em cidade. A resistência segue até os pontos principais do país e, pelo caminho, são recebidos/as pelas pessoas que saem de suas casas dando-lhes água, comida e tudo o que é possível oferecer para que possam seguir marchando e resistindo.
Junto com as marchas, os bloqueios de estradas impedem que mercadorias circulem pelo país, dificultando que o governo golpista consiga estabilizar a economia. Os/as professores/as, que são praticamente a coluna vertebral da resistência, foram os primeiros a chamar as manifestações contra o Golpe e combinaram com pais e mães dos/as alunos/as, que durante as semanas irão dar aulas com carga horária maior durante dois ou três dias e nos outros irão para as marchas. Agora, o governo golpista tenta frear esta parte forte da resistência cortando os salários dos/as professores/as. Todos os dias há alguma ação contra o Golpe, desde greves, festivais de músicas com artistas de toda a América Latina até caravanas e eventos/encontros internacionais com movimentos de todas as partes do mundo.

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