O massacre da favela do Alemão, no Rio de Janeiro, aconteceu em junho de 2007. Foi o resultado de uma operação coordenada entre a Força Nacional de Segurança e as polícias estaduais que deixou pelo menos 19 mortos.
Na época, a grande mídia só fez elogios. E elegeu até um herói para simbolizar a operação. Era o inspetor Leonardo da Silva Torres. Mais conhecido como “Trovão”. Ele aparece na capa da revista Época, de 29 de junho. Leva num braço o fuzil e na mão um charuto. Atrás dele, três corpos estendidos. Sob o título “Um ataque inovador”, a legenda explica que ele:
Na época, a grande mídia só fez elogios. E elegeu até um herói para simbolizar a operação. Era o inspetor Leonardo da Silva Torres. Mais conhecido como “Trovão”. Ele aparece na capa da revista Época, de 29 de junho. Leva num braço o fuzil e na mão um charuto. Atrás dele, três corpos estendidos. Sob o título “Um ataque inovador”, a legenda explica que ele:
“...encarna não só a batalha no Alemão, mas a força policial inovadora que hoje combate nos morros. Formado pela Swat americana e pelo Centro de Inteligência da Marinha Brasileira, Torres integrou a patrulha avançada de ocupação do Alemão. Seu uniforme de campanha e o charuto que mantém aceso mesmo em serviço deram uma cara nova aos agentes da invasão. Mais que isso, eles fizeram de Trovão alguém com quem a população pode se identificar”.
Agora, em fevereiro de 2011, Trovão volta a aparecer nos jornais. Eis um trecho de matéria do Extra de 12/02:
Integrado por cinco policiais e um informante, o grupo de policiais chefiado pelo inspetor Leonardo da Silva Torres, o Trovão, é apontado pela PF como responsável pela venda de pistolas, metralhadoras e fuzis apreendidos em operações policiais para os traficantes Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol e Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. De acordo com a investigação, os policiais são acusados ainda de receber do tráfico uma propina mensal de R$ 100 mil.
Trovão não é nenhum herói. Além de carniceiro, se mostrou corrupto. A grande imprensa deveria se explicar. Não vai fazê-lo. Vai continuar a elogiar ações militarizadas e violentas contra a população pobre, como está fazendo com as UPPs.
Mais detalhes: O Iraque é aqui
Sérgio Domingues
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