segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Barack Hussein Obama e o simbolismo para a diáspora negra.


A proposta de mudança nunca esteve tão em voga no mundo. O senador democrata negro estadunidense Barack Hussein Obama se torna presidente. O primeiro presidente negro de uma nação em que aprendemos a admirar, comparar, invejar, odiar e temer. O país da luta dos direitos civis. De Malcon X, Luther King, Panteras Negras e Klu Klux Klan. Nada mais simbólico na primeira década do século XXI.
A crise do capital está deixando a elite atônita. A noção de segurar os lucros e socializar os prejuízos entra em processo de colisão com a chamada “maior democracia da Terra”. Os trabalhadores estadunidenses estão inseguros. Sem seguro saúde, com casas hipotecadas e uma série de coisas de extensa enumeração transformam os EUA em um dos países de população mais apreensiva.
O que está em jogo é um presidente negro com a identidade de negritude em evidência, propondo uma retomada dos ideais e valores estadunidenses rumo ao topo. Topo de que? Do mundo?
E se tratando de diáspora negra e todo o processo de luta, resistência e restrição dos espaços ao longo desses 500 e poucos anos, assistir via satélite, uma família negra atingir ascensão do país, cuja nossa cognição foi treinada desde criança a aceitar como a grande potência, dá orgulho.
Agora uma questão incomoda. Talvez seja a grande oportunidade que a História esteja dando a um negro de se mostrar capaz de administrar o sistema capitalista através da nação que o torna viável. E Barack Obama se mostra altamente capaz para o pleito.
E não é uma tarefa fácil, pois o capitalismo precisa ser reestruturado. Novas formas de crédito e apropriação precisam ser construídas. E Obama aparenta ser a pessoa para essa missão.
Dada as manifestações ao redor do mundo e todo aparato tecno-midiático que mitificaram o sorriso e a boa retórica do senador negro, o que acontece com o mundo se ele cumprir sua missão?
Realmente não dá para prever, mas destinar para uma família negra, considerando o aspecto identitário da negritude, a missão de reestruturação do sistema capitalista. É para se pensar. E a questão básica é que Barack Hussein Obama é competente. E não dá para duvidar que ele tenha êxito.
E os negros do mundo acompanham atentamente os EUA.

Nenhum comentário: