Desde
que a polícia da conservadora província de Aceh, na Indonésia, invadiu
um show de punk-rock beneficente a um orfanato local detendo e
seqüestrando 65 punks que tiveram que se livrar de piercings e
correntes, a cabeça raspada e foram forçados a tomar banho em um rio
como forma de limpeza espiritual, diversos protestos de solidariedade
surgiram na Indonésia e em outros países.
Já
foram registrados eventos na frente de consulados e embaixadas da
Indonésia na China, Chile, Argentina, Suécia, Rússia, Reino Unido e
Estados Unidos, com manifestantes carregando faixas e gritando lemas
pela libertação e contra o ataque aos punks da província de Aceh.
Pelo
menos até esta última quarta-feira (21 de dezembro) os 65 jovens
permaneciam detidos e seqüestrados na escola de polícia de Aceh, fazendo
"reabilitação em aulas de bom comportamento, religião e exercícios de
conduta militar que visava estabelecer a disciplina” (fotos em anexo).
Apesar
disso, esses jovens punks não mostraram sinais de submissão, pelo
contrário. Assim que os policiais viravam as costas, eles gritavam com
os punhos cerrados: "O Punk não está morto! Paz!".
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