Artistas e militantes do hip-hop reunidos em prol da Favela do Movinho
Evento busca arrecadações de alimentos, roupas e medicamentos para sobreviventes de incêndio na favela
#FestivalMoinhoVivo. É com esta hashtag que a cultura hip-hop se
organizou e realiza, no próximo domingo (22), um festival na Favela do
Moinho, na região central de São Paulo, com o objetivo de arrecadar
alimentos, medicamentos, objetos de higiene pessoal e roupas.
A iniciativa busca amenizar o sofrimento dos mais de quatro mil
moradores da favela que no último dia 23 de dezembro foi atingida por um
incêndio, matando moradores e deixando boa parte dos que ficaram sem as
mínimas condições de sobrevivência – higiene, comida e um teto.
Os militantes culturais Milton Sales, Jackson e Amaral Família
DuCorre uniram-se em protesto e mobilização e com o evento esperam
atrair um significativo número de doações.
Estão confirmadas as presenças de grandes nomes da cena musical
nacional como Mano Brown (Racionais MCs), Dexter, Emicida, Crônica
Mendes (A Família), Rincon Sapiência, DeDeus MC, Lindomar 3L,
Rimatitude, Us Vagabundo Chic, Ducorre, entre outros artistas do break,
graffiti, Djs,poetas e escritores e comunicação.
O que pode ser doado:
- alimentos não perecíveis
- alimentos não perecíveis
- medicamentos
- materiais de construção
- brinquedos
- material escolar
- roupas
Serviço – O #FestivalMoinhoVivo acontece no próximo
domingo (22), a partir das 14h, na própria favela: Rua Doutor Elias
Chaves, 20, próximo ao viaduto da Avenida Rio Branco, no centro de São
Paulo (SP).
Vídeos
Utilizando a linguagem audiovisual, muitos militantes tem produzido
curtas, documentários e vídeo-reportagens para relatar o sofrimento dos
moradores da favela.
Um deles é o vídeo “Moinho Vivo”, produzido por Fernando Pequeno.
Segundo ele, “este é um pedido de ajuda dos moradores da Comunidade do
Moinho, onde aconteceu o incêndio que deixou várias famílias
desabrigadas e algumas pessoas morreram”.
Outro material é o documentário “Favela do Moinho” , que tem pouco
mais de 13 minutos de duração e foi produzindo pela PUC- SP e mostra a
luta prefeitos Serra e Kassab para desocupar a área onde hoje vivem mais
de quatro mil pessoas.
O documentário mostra que o Escritório Modelo entrou, em 2008, com
uma ação de usucapião coletivo em nome da associação de moradores e o
juiz do caso concedeu o benefício, permitindo que os moradores
permanecessem nas casas até o final da ação.
Já o organizador do evento, Milton Sales, também manda um recado, num
vídeo de 20 segundos, acusa a prefeitura de querer esconder os moradores
e os efeitos do incêndio.
Outro material, intitulado “Moinho Vivo – O que a imprensa não disse”
está disponível no canal de vídeos youtube e mostra moradores e
ativistas compartilhando informações e denúncias sobre o que houve na
comunidade.
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