Aos gritos de "nenhum racista na rua, nenhum fascista na rua", "são racistas, são fascistas, são sexistas. Fora de nossa cidade", “esmagar os fascistas”, "alerta, alerta antifascista", "olelê, olalá, Lyon é antifascista", entre outros, cerca de 2000 pessoas se reuniram neste sábado (9 de abril) em Lyon, em protesto contra a extrema-direita, o fascismo e o recrudescimento da violência nazi.
Partindo da Praça Bellecour por volta das 14h30, e percorrendo várias ruas do centro de Lyon, os manifestantes marcharam sob um sol forte com um carro de som, faixas, agitando bandeiras, cartazes e gritando palavras de ordem. Um forte contingente de policiais acompanhou a passeata. Não houve prisões nem incidentes.
Lyon é uma das cidades francesas onde a ascensão de grupos neonazistas é mais visível. Nos últimos dois anos têm visto um aumento nas agressões e atos nazistas na cidade. Os neonazistas da organização Blood & Honour abriram no município um local, através do grupo Bunker Korps Lyon e a associação Lyon Dissidente, onde organizam eventos e shows regularmente com total impunidade.
Nos últimos dois anos os neonazistas perpetraram dezenas de agressões na cidade, algumas com gravidade. A última violência ocorreu na quarta-feira (6 de abril), neste caso, três nazistas atacaram com bastões de madeira, pistolas de balas de borracha e gás lacrimogêneo vários ativistas que estavam distribuindo panfletos em um instituto escolar para a manifestação deste sábado.
A presença nazista na cidade conta, de alguma forma, com a cumplicidade das autoridades e dos meios de comunicação da cidade, que se esforçam em retratar o problema simplesmente como uma questão de gangues.
Além disso, os grupos neonazistas se aproveitam da atual crise e aumento das idéias e partidos de extrema-direita para agir.
Uma pesquisa recente de opinião surpreendeu a França ao indicar que a líder da extrema direita Marine Le Pen, filha do anterior líder da Frente Nacionalista, Jean-Marie Le Pen, apareceu na frente de todos os demais candidatos no pleito previsto para o ano que vem. Marine, 42 anos, lidera a Frente Nacional desde janeiro e aparece como sucessora de seu pai.
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