Milhares de pessoas reuniram-se esta terça-feira na Puerta del Sol, em Madri, em protesto contra as medidas de austeridade. Os manifestantes pretendem ocupar as ruas até o próximo 22 de maio, dia das eleições autônomas e municipais. As redes sociais têm ajudado a mobilizar milhares de pessoas em diversas cidades da Espanha, em um movimento conhecido inicialmente como “os indignados” e que recentemente ganhou o nome de "15M". O movimento tem invadido as ruas e as redes sociais em defesa de mudanças na economia e na condução política do país.
Esquerda.net/PCWorld Espanha
Mais de 10 mil pessoas, de várias idades, responderam terça-feira a um apelo feito em redes sociais e concentraram-se na Puerta del Sol, em Madrid, em protesto contra a crise econômica e as políticas anti-sociais implementadas pelo governo espanhol. Segundo o jornal El Mundo, às duas da madrugada, mais de 2000 pessoas permaneciam no local. O objetivo é manter este acampamento improvisado até 22 de maio, dia das eleições autônomas e municipais.
Segundo noticiou o El Pais, foi estabelecida uma rede de voluntários de forma a apoiar os manifestantes. Foram criadas cinco comissões: alimentação, comunicação, infra-estrutura e actividades, e aconselhamento jurídico.
Mais de 300 polícias cercaram a Praça e controlam as ruas adjacentes.
Em Granada, três pessoas foram detidas após a polícia ter dispersado os manifestantes que se preparavam para pernoitar no Paseo del Sálon. Os detidos são acusados de “resistência à autoridade”, acusação que negam. Durante a noite de hoje, os manifestantes voltarão a concentrar-se em Granada, na Plaza del Carmen. Para Sevilha está marcada uma concentração de duração indefinida a partir de quinta-feira.
No domingo, 18 pessoas foram presas durante os protestos convocados para mais de 50 cidades espanholas. Na segunda-feira, a polícia espanhola prendeu mais um manifestante que se preparava para acampar na Puerta del Sol, em Madrid. Cinco pessoas, menores de idade, continuam detidas, segundo divulga o El Pais.
Os representantes da Plataforma Democracia Real ya!, que convocou os protestos do domingo passado, dia 15 de Maio, afirmam que, neste momento, são os próprios cidadãos que organizam estas ações.
Redes sociais ajudam espanhois a protestar contra a crise
Por PC World - Espanha
As redes sociais têm ajudado a mobilizar milhares de pessoas em diversas cidades da Espanha, em um movimento conhecido inicialmente como “os indignados” e que recentemente ganhou o nome de "15M". O movimento tem invadido as ruas – e as redes sociais, sob hashtags como #democraciarealya e #nolesvotes.
Milhares de pessoas têm-se mobilizado por toda a Espanha para reivindicar mudanças, principalmente no nível político, em antecipação às eleições regionais e locais marcadas para domingo (22/5). A praça Puerta Del Sol, em Madri, tornou-se o marco zero para este protesto específico, e as redes sociais (lideradas pelo Twitter) mobilizam centenas de cidadãos em vários tipos de protestos e manifestações.
Como ocorreu em outros países, centenas de espanhóis têm tomado as ruas em protesto contra a situação política, econômica e social existente no país. Sem um líder claro, este grupo difuso e indefinido tem sido formado por milhares de pessoas para protestar contra os políticos e pedir mudanças.
Lei Sinde
O movimento formou-se em torno da oposição à chamada Lei Sinde, que vai regulamentar os downloads de Internet na Espanha. A oposição das pessoas a essa regulamentação gerou a hashtag #nolesvotes, que convocava os cidadãos a não votar em partidos políticos que apoiam esta iniciativa: PSOE (no governo), PP (principal partido da oposição) e CiU (o partido catalão). Enrique Dans, professor do Instituto de Empresa e forte defensor do movimento, explicou a filosofia da iniciativa em seu blog.
Esta iniciativa, aliada à crise econômica espanhola (que já levou o Fundo Monetário Internacional e outros órgãos a advertir sobre uma “geração perdida”), e o impacto de manifestações semelhantes em outros países e nas redes sociais têm dado origem aos protestos nas cidades espanholas.
A plataforma DemocraciaRealYa (http://democraciarealya.es) convocou para uma manifestação em várias cidades em 15 de maio. Em Madri, a reunião levou a confrontos com a polícia, levou o grupo às primeiras páginas dos jornais locais e culminou com a decisão de algumas dezenas de pessoas de acampar na praça Puerta del Sol como forma de protesto.
A DemocraciaRealYa afirma ser um movimento que é “apartidário, forjado no calor da Internet e das redes sociais e que tem como único propósito promover uma discussão aberta entre aqueles que desejam se envolver na preparação e na coordenação de ações conjuntas.”
Na noite de segunda-feira (16/5), a polícia tentou desmontar o acampamento que os “indignados” montaram na praça Puerta del Sol. O YouTube está repleto de vídeos da ação policial e os usuários das redes sociais têm expressado sua oposição em relação ao que tem ocorrido.
Desde então, centenas de hashtags apareceram nas mensagens do Twitter, incluindo #spanishrevolution, #acampadasol, #yeswecamp e #nonosvamos.
Embora Madri esteja atraindo a maior parte da atenção, os acampamentos de protesto têm sido organizados em outras cidades na Espanha. Muitos deles são retratados em blog. (Arantxa Herranz)
Foto: Segundo noticiou o El Mundo, às duas da madrugada, permaneciam na Puerta del Sol, em Madrid, mais de 2000 pessoas. Foto de EPA/Pablo Talamanca
As informações são do portal Esquerda.net e do PCWorld/Espanha
Segundo noticiou o El Pais, foi estabelecida uma rede de voluntários de forma a apoiar os manifestantes. Foram criadas cinco comissões: alimentação, comunicação, infra-estrutura e actividades, e aconselhamento jurídico.
Mais de 300 polícias cercaram a Praça e controlam as ruas adjacentes.
Em Granada, três pessoas foram detidas após a polícia ter dispersado os manifestantes que se preparavam para pernoitar no Paseo del Sálon. Os detidos são acusados de “resistência à autoridade”, acusação que negam. Durante a noite de hoje, os manifestantes voltarão a concentrar-se em Granada, na Plaza del Carmen. Para Sevilha está marcada uma concentração de duração indefinida a partir de quinta-feira.
No domingo, 18 pessoas foram presas durante os protestos convocados para mais de 50 cidades espanholas. Na segunda-feira, a polícia espanhola prendeu mais um manifestante que se preparava para acampar na Puerta del Sol, em Madrid. Cinco pessoas, menores de idade, continuam detidas, segundo divulga o El Pais.
Os representantes da Plataforma Democracia Real ya!, que convocou os protestos do domingo passado, dia 15 de Maio, afirmam que, neste momento, são os próprios cidadãos que organizam estas ações.
Redes sociais ajudam espanhois a protestar contra a crise
Por PC World - Espanha
As redes sociais têm ajudado a mobilizar milhares de pessoas em diversas cidades da Espanha, em um movimento conhecido inicialmente como “os indignados” e que recentemente ganhou o nome de "15M". O movimento tem invadido as ruas – e as redes sociais, sob hashtags como #democraciarealya e #nolesvotes.
Milhares de pessoas têm-se mobilizado por toda a Espanha para reivindicar mudanças, principalmente no nível político, em antecipação às eleições regionais e locais marcadas para domingo (22/5). A praça Puerta Del Sol, em Madri, tornou-se o marco zero para este protesto específico, e as redes sociais (lideradas pelo Twitter) mobilizam centenas de cidadãos em vários tipos de protestos e manifestações.
Como ocorreu em outros países, centenas de espanhóis têm tomado as ruas em protesto contra a situação política, econômica e social existente no país. Sem um líder claro, este grupo difuso e indefinido tem sido formado por milhares de pessoas para protestar contra os políticos e pedir mudanças.
Lei Sinde
O movimento formou-se em torno da oposição à chamada Lei Sinde, que vai regulamentar os downloads de Internet na Espanha. A oposição das pessoas a essa regulamentação gerou a hashtag #nolesvotes, que convocava os cidadãos a não votar em partidos políticos que apoiam esta iniciativa: PSOE (no governo), PP (principal partido da oposição) e CiU (o partido catalão). Enrique Dans, professor do Instituto de Empresa e forte defensor do movimento, explicou a filosofia da iniciativa em seu blog.
Esta iniciativa, aliada à crise econômica espanhola (que já levou o Fundo Monetário Internacional e outros órgãos a advertir sobre uma “geração perdida”), e o impacto de manifestações semelhantes em outros países e nas redes sociais têm dado origem aos protestos nas cidades espanholas.
A plataforma DemocraciaRealYa (http://democraciarealya.es) convocou para uma manifestação em várias cidades em 15 de maio. Em Madri, a reunião levou a confrontos com a polícia, levou o grupo às primeiras páginas dos jornais locais e culminou com a decisão de algumas dezenas de pessoas de acampar na praça Puerta del Sol como forma de protesto.
A DemocraciaRealYa afirma ser um movimento que é “apartidário, forjado no calor da Internet e das redes sociais e que tem como único propósito promover uma discussão aberta entre aqueles que desejam se envolver na preparação e na coordenação de ações conjuntas.”
Na noite de segunda-feira (16/5), a polícia tentou desmontar o acampamento que os “indignados” montaram na praça Puerta del Sol. O YouTube está repleto de vídeos da ação policial e os usuários das redes sociais têm expressado sua oposição em relação ao que tem ocorrido.
Desde então, centenas de hashtags apareceram nas mensagens do Twitter, incluindo #spanishrevolution, #acampadasol, #yeswecamp e #nonosvamos.
Embora Madri esteja atraindo a maior parte da atenção, os acampamentos de protesto têm sido organizados em outras cidades na Espanha. Muitos deles são retratados em blog. (Arantxa Herranz)
Foto: Segundo noticiou o El Mundo, às duas da madrugada, permaneciam na Puerta del Sol, em Madrid, mais de 2000 pessoas. Foto de EPA/Pablo Talamanca
As informações são do portal Esquerda.net e do PCWorld/Espanha
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