domingo, 14 de março de 2010

EUA - Dinheiro para guerras mas não para educação, saúde e trabalho.

Esse parece ser o "lema" do governo dos EUA. Depois de mais de um ano de discussão sobre a "Reforma da Saúde", a opção de criar um sistema de saúde público que atenda toda a população está fora de cogitação. Nos EUA existe o MEDICARE, um sistema público que atende apenas pessoas acima de 65 anos de idade ou algumas pessoas com deficiência com idade inferior a 65, ou seja, 40 milhões de uma população de 308 milhões. O resto ou paga (caro) por um seguro de saúde privado ou faz parte dos 15% da população que não possuem nenhum tipo de cobertura (pública ou privada). De acordo com um estudo feito pela "The American Journal of Medicine" em 2001, 62% dos casos de falência nos EUA acontecem por causa de dívidas relacionadas com atendimento médico.
Deixando o 'lobby' de lado (dinheiro que as seguradoras 'doam' para campanhas de políticos que, por coincidência, sempre acabam votando nas opções que beneficiam tais seguradoras), uma das razões levantadas pelo congresso de que era impossível ter um sistema de saúde público que atendesse toda a população era o custo de tal sistema. Estima-se um aumento de US$128 bilhões de Dólares no orçamento para saúde para ter um sistema que atenda todos as pessoas sem seguro de saúde. Ou seja, 0.8% do PIB nacional seria usado para isso. E com a desculpa de que não existe dinheiro, de que o país está em crise e não é momento para aumentar os gastos do Estado, essa proposta não foi pra frente.
Agora vamos dar uma olhada no orçamento para o Departamento de Defesa deste ano: "O presidente Barack Obama enviou hoje ao Congresso uma proposta de orçamento de defesa 663,8 bilhões dólares para o ano fiscal de 2010. A solicitação de orçamento para o Departamento de Defesa (DoD) inclui 533.8 bilhões dólares em posição de autoridade discricionária do orçamento para financiar programas de defesa de base e US$ 130 bilhões para apoiar as operações de emergência no exterior, principalmente no Iraque e no Afeganistão." Houve um aumento de US$ 20 bilhões em relação ao orçamento do ano passado (2009).

Nenhum comentário: