Segundo estudo da Organização Internacional do Trabaho (OIT) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o atual ritmo de geração de empregos nos países do G20 deve fazer 40 milhões de vítimas no ano que vem. Com 200 milhões de trabalhadores já afetados, situação é 'preocupante' e aproxima-se do pior momento da Grande Depressão dos anos 30. Ministros do Trabalho do G20 debatem crise em Paris.
Da Redação
BRASÍLIA – Os ministros do Trabalho dos vinte países com as maiores economias, o G20, reúnem-se nesta segunda-feira (26) e terça (27), em Paris, para debater a crise global diante de estatísticas e perspectivas preocupantes. Hoje, há mais de 200 milhões de desempregados espalhados por aquelas nações, dos quais 10% foram demitidos desde a eclosão da primeira etapa da crise, há três anos. E, em 2012, a desocupação pode vitimar outros 40 milhões de trabalhadores.
Para voltar a ter um nível de emprego anterior a 2008, com recuperação de postos cortados e absorção de jovens que entraram no mercado de trabalho de lá para cá ou que o farão até 2015, o G20 teria de abrir 21 milhões de vagas em quatro anos. O que significa uma alta anual de 1,3% na taxa de emprego.
Hoje, porém, a expecativa é de uma taxa de crescimento do emprego de 0,8% até o fim do ano que vem. Que, se confirmada, causará um déficit adicional de 40 milhões de empregos dentro do G20, agravando um quadro já preocupante, que lembra a desolação vivida pelos trabalhadores durante a Grande Depressão econômica dos anos 30.
Os dados e as análises fazem parte de um estudo elaborado em conjunto pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento, divulgado segunda-feira (26), vai subsidir a reunião dos ministros do Trabalho em Paris.
Em declaração conjunta sobre o estudo, o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, e o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, se dizem “preocupados” com “a gravidade da crise do emprego”. “Está afetando de forma particularmente dura os grupos mais vulneráveis”, afirmam, fazendo referência a jovens e trabalhadores informais (sem direitos).
Brasil: exceção e Bolsa Família
No encontro em Paris, os ministros do Trabalho devem discutir propostas apresentadas em um outro documento da OIT sobe proteção social mínima. O texto, preparado sob a coordenação da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, recomenda aos países que dêem uma “genuína prioridade política” a ações de proteção social.
Para a OIT, este tipo de programa é importante para ajudar os países a superar crises sem impor tantos sacrifícios a suas populações, a manter a economia girando e a reduzir pobreza e desigualdade. O documento cita o Bolsa Família brasileiro como exemplo de política social para tempos de crise.
No texto sobre a “crise do emprego”, o Brasil também é mencionado como integrante de um subgrupo do G20 no qual a abertura de postos de trabalho tem sido “poderosa”, apesar da crise global (Alemanha e Indonésia também estão no grupo).
As outras duas correntes têm países com baixa ou nenhuma geração de empregos (casos de Argentina, Rússia e Austrália). E com desemprego em alta (Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e África do Sul, por exemplo).
Em Paris, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reforçou as observações da OIT sobre a situação do país nesta crise. Para ele, como o Brasil tem hoje “protagonismo perante o mundo” no mercado de trabalho, já que deve gerar este ano mais de 10% das vagas formais (cerca de 2,5 milhões) de que todo o G20 precisa por ano.
Na semana passada, ao abrir a Assembléia Geral das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff também havia dito que o Brasil continua criando empregos, enquanto o mundo – especialmente o rico – sofre com desemprego.
Para voltar a ter um nível de emprego anterior a 2008, com recuperação de postos cortados e absorção de jovens que entraram no mercado de trabalho de lá para cá ou que o farão até 2015, o G20 teria de abrir 21 milhões de vagas em quatro anos. O que significa uma alta anual de 1,3% na taxa de emprego.
Hoje, porém, a expecativa é de uma taxa de crescimento do emprego de 0,8% até o fim do ano que vem. Que, se confirmada, causará um déficit adicional de 40 milhões de empregos dentro do G20, agravando um quadro já preocupante, que lembra a desolação vivida pelos trabalhadores durante a Grande Depressão econômica dos anos 30.
Os dados e as análises fazem parte de um estudo elaborado em conjunto pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento, divulgado segunda-feira (26), vai subsidir a reunião dos ministros do Trabalho em Paris.
Em declaração conjunta sobre o estudo, o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, e o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, se dizem “preocupados” com “a gravidade da crise do emprego”. “Está afetando de forma particularmente dura os grupos mais vulneráveis”, afirmam, fazendo referência a jovens e trabalhadores informais (sem direitos).
Brasil: exceção e Bolsa Família
No encontro em Paris, os ministros do Trabalho devem discutir propostas apresentadas em um outro documento da OIT sobe proteção social mínima. O texto, preparado sob a coordenação da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, recomenda aos países que dêem uma “genuína prioridade política” a ações de proteção social.
Para a OIT, este tipo de programa é importante para ajudar os países a superar crises sem impor tantos sacrifícios a suas populações, a manter a economia girando e a reduzir pobreza e desigualdade. O documento cita o Bolsa Família brasileiro como exemplo de política social para tempos de crise.
No texto sobre a “crise do emprego”, o Brasil também é mencionado como integrante de um subgrupo do G20 no qual a abertura de postos de trabalho tem sido “poderosa”, apesar da crise global (Alemanha e Indonésia também estão no grupo).
As outras duas correntes têm países com baixa ou nenhuma geração de empregos (casos de Argentina, Rússia e Austrália). E com desemprego em alta (Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e África do Sul, por exemplo).
Em Paris, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reforçou as observações da OIT sobre a situação do país nesta crise. Para ele, como o Brasil tem hoje “protagonismo perante o mundo” no mercado de trabalho, já que deve gerar este ano mais de 10% das vagas formais (cerca de 2,5 milhões) de que todo o G20 precisa por ano.
Na semana passada, ao abrir a Assembléia Geral das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff também havia dito que o Brasil continua criando empregos, enquanto o mundo – especialmente o rico – sofre com desemprego.
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